domingo, 30 de novembro de 2008

da minha janela.



essa semana eu pensei que enlouqueceria.
mas pra não surtar, resolvi me dar um dia de folga.
li, assisti um filme, fiz uma faxina (física e mental), me alimentei direito, mudei algumas coisas de lugar no meu apartamento, troquei uns pôsteres e curiosamente acabo de acordar e me sentar também em nova posição, de frente pra janela, no lugar da típica posição de deitar no sofá com o notebook esquentando a barriga e fodendo com minha coluna.
a correria não me deixava ver a vista linda que tenho daqui, acabava sempre por me sentar de frente pra porta, que não é lá tão interessante.
pensei nessa mudança ontem, sábado à noite, enquanto a cidade bombava. eu moro no centro, podemos dizer então que o lugar que não dorme é o meu quintal.
desliguei o celular, fiquei com medo de ser tentada à sair. fazia um bom tempo que não me curtia, não curtia meu apê, meu gato, e não tentava sair do corpo e observar um pouquinho a minha vida de fora.
sentei um pouco na janela, até que o porteiro interfonasse com medo de tentativa de suicídio, e não era. foi pouco tempo, mas o suficiente pra chegar à conclusão que não só minha memória, mas minha visão também é seletiva, e não andava vendo quase nada.
algumas vezes uma pessoa ou outra comenta da minha vista, e eu uso da tática "sorria e concorde", e as vezes até achava uma puta falta de assunto fazer esse comentário. mas ontem observando vi que essa vista inspira liberdade, enquadrada em uma moldura de 2,5m x 1,2m. (é que precisei medir pra mandar fazer uma tela de proteção pro meu gato suicida.)
achava uma idiotice, pois nunca me conformei muito em morar em um apê, nasci cresci e me criei na casa dos meus pais e na fazenda, árvore, quintal, espaço pra correr, os lugares mais gostosos pra se viver. e não só por ser relativamente ranzinza, mas por falta de costume, aqui me sentia presa, sufocada, mas não foi de acordo geral da nação, que eu morasse sozinha em uma casa.
peguei um produto de limpeza próprio pra vidraças, o qual nunca tinha sido usado pela inutilidade que me aparentava, limpei até que parecesse aqueles blindex super invisíveis que tenho certeza que você já bateu a cara.
dormi virada pra janela, estava mesmo encantada. no sentido contrário à cabeceira, de forma que não vejo as molduras, é só céu.
penso que eu deva passar a observar mais as coisas ao meu redor. mais de um ano nesse apartamento e nunca tinha me atentado pra isso, pois estava ocupada perdendo o controle com meia dúzia de coisas fúteis.
não vou prometer não mais me descontrolar, mas que vou abrir meus olhos e sentir, isso sim! da minha janela eu vejo luzes se apagando e acendendo, as pessoas passando, os casais namorando (ou brigando), no caso de sábado à noite, os bebados fazendo arruaça, minha faculdade, que por sinal é um tanto quanto longe, um parque bem arborizado da cidade, e o principal de tudo, me vejo.

ordem e progresso?!

penso que somos todos seres humanos ambiciosos trabalhando com afinco em cima de nós mesmos, com objetivo de progredirmos sempre alcançar aquilo que pra nós esteja perto da perfeição.
e quando a sua perfeição ficou pra trás?! não entendo e não concordo muito com essa teoria, não na prática, pois quebra o conceito de progresso, que alcança aquilo que está à frente te oferecendo melhorias. e há quem insista em "caranguejar" em um processo de involução. à fim de voltar atrás do que foi legalzinho, longe da perfeição, mas cômodo. medo da pista e dos obstáculos.
eu sempre gostei de reinventar conceitos, definições e até palavras, mas isso eu não compreendo, não compreendo!
ordem e progresso, desordem e regresso.
em qual você se encaixa?!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

bicho, sabe aquele clichê que alguém sempre te fala pra não se arrepender só do que não faz e coisa e tal?! então... tô tentando colocá-lo em prática, e acho que tá surtindo efeito.
tô indo pra casa... mamãe me espera, com cama quentinha e comidinha gostosa! de quebra um goiania noise piração pra equilibrar todos os inhos!

let's roooooooock!!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ãm?!

hoje eu coloquei no meu msn uma frase do camelo...

"a massa, a moça, e até esse pra sempre, tudo passa."

o marcelo(que não era o camelo) apareceu com algo que me intrigou...

"um dia alguém me disse que aqueles que dizem que tudo passa, são justamente aqueles que acreditam que algumas coisas perduram para sempre. os que não acreditam nisso simplesmente não falam, nem sequer pensam nisso."

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

à flor da pele...

ando me irritando com uma facilidade que é assustadora. são pessoas pé no saco querendo saber o que se passa, pessoas pé no saco me contando o que se passa, pessoas pé no saco que estão ali, quietas, mas existem.
ando me irritando com ruídos, a goteira que cai da infiltração no teto, e pinga no taco fazendo um barulho um tanto quanto inconveniênte. o ronronar do mathias, meu gato que insiste em dividir o travesseiro comigo, logo, dormindo na minha cabeça.
ando me irritando com a falta de conteúdo da televisão, e a falta de sono que me obriga a assisti-la.
ando me irritando com a falta de informação que leva a mídia a fazer um alarde publicando que ana maria passeia com sua cadelinha, enquanto um velho promíscuo e pederasta estaciona o carro atrás de três moças sentadas numa praça conversando em pleno sábado de manhã, e começa a se masturbar, e ninguém se manifesta enquanto velhos promíscuos e pederastas repetem esse doce gesto todas as manhãs.
ando me irritando com esse tal amor que que sentem sem saber o que está por vir, "malu magalhães está loucamente apaixonada por marcelo camelo". não que eu siga à risca os padrões, mas é que a menina me passava uma idéia de espírito puro e evoluído, e o camelo é um cara vivido, boêmio. não é justo. e daí né?! talvez eu esteja com uma ponta de inveja, embora prefira o amarante. aaai, o amarante!
me irrita também saber q não tenho nada a ver com isso, e tô perdendo meu tempo comentando o caso. isso é fofoca porra!
ando me irritando com essa facilidade de me irritar, nunca escondi que sou ranzinza... mas tá demaaais. me ajuda!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

caraminholices

considerações da madrugada conturbada entre papelanças e escrivinhuras:
- acho q to ficando maluca- conflitos internos me aguçam mais à escrever (bom!)
- conflitos internos não me deixam dormir (ruim!)
- meu conflito questiona mais o subestimar meu life style e princípios que contradizem à queixa.
- o pássaro que não sabe aproveitar a liberdade sente falta da gaiola.
- acho que escuto o silêncio que mora na solidão das pessoas.
- acho que preciso conhecer melhor minha solidão pra depois dividir com alguém.

ouvi dizer que as pessoas que não sabem viver sozinhas estão o tempo todo mendigando aprovação das outras. é preciso aprender a viver só, aprender a fazer silêncio, para poder conviver com o outro, porque dentro de cada um mora uma grande solidão. há um lugar dentro da gente que ninguém vai, somente nós. e nem nós mesmos sabemos como é esse lugar. então temos que aprender a respeitar a solidão do outro e a nossa própria solidão. há pessoas que não suportam a solidão do outro, acham que, quando o outro quer ficar sozinho, é uma indicação de que ele não está amando. não é nada disso.

domingo, 16 de novembro de 2008

de volta...

sim, mil anos que não passo por aqui! o trabalho e a faculdade andam consumindo meu tempo mais que o normal... além de outras firulas que não deixam minha cabeça descansar.
penso que se todo mundo pudesse escolher uma preocupação só, e abraçar a causa, seria tudo mais simples. por exemplo, "só vou esquentar minha cabeça com trabalho", ou relacionamento, família, filhos, não sei, penso que escolheria o secador. bem menos doloroso. mas enfim, cá estou com uma preocupação a menos, o trabalho. saturei de tudo, e com isso não esquento mais, pelo menos até começar a fritar os neurônios pensando em arrumar outro ou voltando das minhas férias com tempo indeterminado que estou me dando ao luxo pra manter minha sanidade mental ou quase isso. o que nem sei se quero que aconteça antes que eu me forme. taí o que tá sendo minha maior preocupação. tá me dando um certo desespero pensar que ano que vem é ano de muita mudança, ano de virar gente grande. um frio na barriga não me larga, além de noites e noites de insônia pensando.. "estou me formando com recém 20 anos, e agora?!". estou agora no final do penúltimo semestre, aquele clima de monografia, desfile de conclusão de curso e mil outras coisinhas que contagiam.
como se não bastasse isso, entram os malditos relacionamentos (os conjugais), seeempre de alfinetando de alguma forma. sempre te deixando dia euforicamente feliz, dia à beira de um ataque de nervos ou aos prantos. as pessoas não têm responsabilidade sentimental mais, e não tô tirando o meu da reta, eu também não tenho. cada dia mais fria e calculista, porque se foder é sempre a melhor lição.
o espírito natalino, a cidade, shopping, minha casa decorados também têm me deixado de cabeça quente. é uma sequência cabulosa de muitas coisas rolando e um ano que corre mas não acaba, ano esse que foi seu melhor e pior. o que mais te doeu, mas também o que mais aprendeu.
estranhas essas relações.. mais estranho ainda você se iludir com uma possível "virada da vitória" e acreditar que o ano que acaba estava amaldiçoado, e o novo que se aproxima vai ser só flores. mas é o sentimento que a gente tem, involuntário, que atire a primeira pedra aquele que mesmo que beeem no íntimo não associe o ano novo com renovação. o que se for parar pra pensar, não se aplica porra nenhuma.
é o mesmo esquema do velho clichê que "tudo acontece no tempo certo". ninguém conta pra gente que além do tal do tempo, também tem que existir mais uma sincronia de uma série de coisas certas. o tempo certo, o lugar certo, o momento certo, a hora certa, com a pessoa certa, na situação certa. sendo que ninguém sabe ao certo o que é certo, certo?! redundante e estúpido isso, eu sei. mas faz sentido.
isso pode tá parecendo muito pessimista e desiludido, mas é como funciona, mil preocupações, encanações, rugas e cabelos brancos... uns com tanto, outros com tão pouco. faz parte da danada da vida, e a gente ainda segue, com um sorriso de orelha a orelha, e se diverte com a impresivibilidade das situações, dia após dia, ano após ano, surpresa após surpresa.

acaba ano, acaba! ano que vem vai ser tudo diferente. vai?!